09/03/2012
Porão
Certezas transformam-se em nuvens...
Expectativas desvanecem-se....
Quero criar esperança, (o que ela come?)
eu lembrei do silêncio daquela praia, do monte e das árvores,
lembrei da fogueira, da estupidez, da inocência e da entrega...
Lembrei de tudo que absolutamente não deveria lembrar,
desenterrar os restos do porão do inconsciente, exumar cadáveres.... não.
Rever fatos sem a estética, sem a máscara, sem a persona.
Sim, eu olhei, refleti, estava anestesiado numa voz de paraíso,
uma voz que sussurrava palavras do averno.
Me deixei ficar ali, inconsciente pensando consciente...
Me deixei ficar onde deveria para ser destruído e nunca mais ser o mesmo...
Quero criar esperança, (o que ela come?).
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