16/07/2011

AMOR.


Me pediram para escrever sobre o amor.
Hoje eu refletia sobre isso, a força de um amor, sintetizado nos olhares cruzados de Anita e Giuseppe Garibaldi. Claro, a apresentação desse momento sendo encenada em cirscunstâncias que podem ser contestadas, mas questão não é essa, é outra. PORQUE SERÁ QUE NO SÉCULO PASSADO OS AMORES TINHAM TANTA INTENSIDADE E AGORA NÃO TEM MAIS?
As pessoas dedicam o seu olhar e o seu sentimento a muitas pessoas, as mulheres ao longo de suas vidas olham para muitos homens, e os homens olham para muitas mulheres, almejam a muitas pessoas e dividem sua cota de amor e paixão de maneira indiscriminada, reduzindo o peso do momento crucial, daquele momento que deveria ser único. AS PESSOAS ESTÃO VOLÚVEIS, TODOS NÓS, TODOS OS HABITANTES DESSA ÉPOCA TENEBROSA DE KALI YUGA. Como seria diferente?
Não existem mais aquelas mulheres de outras épocas que ao perderem o seu amor, internam-se nos conventos e nunca mais deixarão alguém tocar seus corpos que foram CONSAGRADOS a um só homem. Ideais que parecem estúpidos, estranhos e de outra época. SIM, SÃO DE OUTRA ÉPOCA, hábitos bons? Hábitos maus? Quem poderá dizer... ?!?
Mas quem de nós hoje será o portador de tal heroísmo por puro sentimento de dedicação exclusiva? Isso é um ítem tão raro que até as Universidades oferecem mais pelos funcionários D.E. (Dedicação Exclusiva). Sonhos, sonhos de uma época em que o amor era cantado e cultuado como divino, sublime.



Sinto em minhas entranhas um fogo atormentador;
é o vinho delicioso do amor...
Eu sou a Rosa de Saron
e o lírio dos vales,
Eu Sou o delicioso perfume da paixão.

Eu vivo entre a taça dos poetas aureolados,
Eu Sou o canto das Bacais,
Eu Sou o amor dos céus estrelados,
Eu Sou o cantar dos cantares...

O mel de teus lábios agita minhas entranhas,
e sinto que te amo
és o monte de mirra
e a passagem do incenso...

És o fogo do Arcano
és a erótica colina
e o delicioso sorriso
de amor se tem desnudado...

Agora, alegres do vinho imortal,
acendamos uma fogueira e cantemos às Walquírias
com um canto triunfal
de chamas e poesias.

Venha licor, venha luz e música...
Que dancem os casais sobre o macio tapete,
que a Rosa de Saron brilhe nas taças
e que o fogo devore as sombras...

Venha, alegria, sonho e poesia...
Dancemos felize nos braços do amor,
digam o que disserem
gozemos na deliciosa câmara nupcial,
entre os nardos e as mirras
e cantemos nosso hino triunfal
de luz e poesias...


(Samael Aun Weor)

2 comentários:

  1. Tópico que pode ser bem abrangente!
    Talvez a intensidade seja diminuída porque a forma mais procurada de amar, hoje, seja o amor "planejado". Nada mais antigo e atual.

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  2. As pessoas tomaram consciência de sua "liberdade" de escolha e ao passo em que a sociedade tornou-se mais consumista, esta "descartabilidade" contagiou também os relacionamentos...mas o Amor intenso ainda existe...pra desespero de quem não acredita!

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