12/08/2010

Relendo textos antigos.





Estava relendo escritos bem antigos meus.

Uma investigação arqueológica de mim mesmo. Começei por analisar os níveis de inquietação e de insatisfação sempre presente. Me peguei fazendo mais perguntas, me questionando mais.

Sempre em todas as épocas estive muito incomodado com a minha vida.... torno-me um chato para mim mesmo.

Vejo tantas pessoas tão alegres, felizes e satisfeitas!! (risos)
...se falam a verdade, o ET sou eu.

Revisitando o passado, busco maneira de aplicar a teoria quântica, "mudar o passado transforma o presente". Cada memória que sempre nos visita com frequência são NÓS EXISTENCIAIS, questões mal resolvidas, necessidade de mudança, de trabalho, de transformação. Quero me reinventar agora. Quero me reescrever sempre. Sou uma matéria plástica moldável. Por mais que alguém insista em manter um rótulo sobre a minha testa. Mudei tanto.

Tempo, relógio, sistemas, vícios, hábitos, manias..... técnicas, disputas.

Ficaram para trás. O que insiste em vir são aqueles ferimentos à faca, profundos,marcados como o inconsequente casal que quer marcar na pedra ou na casca da árvore o seu fátuo momento. (Eles pensam que vão eternizar a relação e apenas eternizam o instante). Ferimentos, espaços vazios, desejos não satisfeitos, sonhos incompletos. O homem é um experimento inacabado.

Queria eu me contentar com tudo que alegra a todos. Com o final de semana, com a cerveja, com o jogo de futebol, com a festa, com o reguetom.... queria me alegrar com a simplicidade que todos se alegram... mas quero o que está além de mim. O que está além de todos.

NÃO ME CONTENTO COM NADA MENOS QUE A IMORTALIDADE.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Contentar-se com "um lindo dia" é algo simples que traz contentamento verdadeiro, como assinalou no "Tecendo o dia" (melhor que cerveja ou final de capeonato, mas, 'reguetom' desconheço o que seja).

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