15/05/2015

Conduta Gregária


Primeiro obedecemos a um homem..... depois há que obedecer a um grupo.



Conduta Gregária: "É a tendência que tem a máquina humana de estar misturada com as outras sem distinção e sem controle de nenhuma espécie." (V.M.SAW em a Revolução da Dialética)

Atuar de maneira que agradamos a todos. Procurar se adequar à coletividade. Em grupo procurar concordar para ser visto como um igual e não ser o antagônico.

Essas características psicológicas todos nós conhecemos, entendemos e em algum momento já vivenciamos. A necessidade de agir de acordo com a vontade da maioria ou dos líderes é em si mesma e por si mesma uma necessidade de aceitação. Queremos ser aceitos, aprovados, queremos fazer parte daquele grupo. Outra razão muito intensa para passar por cima de sua individualidade para agradar a outros está no "medo de perder algo".  Por medo de perder a vida Sócrates teria renunciado a suas crenças e não teria bebido cicuta, seria Ele então Sócrates??? Jesus Cristo teria pedido perdão aos prelados de sua época e não seria crucificado, seria Ele portanto o Mestre que todas as pessoas reverenciam?  Quando tememos perder algo que temos, a admiração de alguém, ou o que quer que seja aparece então a falsa imagem que criamos para nós mesmos. A voz branda, a imagem de santarrão, são nada mais nada menos que uma falsa imagem, uma máscara que criamos para agradar, com a garantia que nos manteremos no topo, em evidência, que seremos agraciados ao puxar o saco de quem pode nos manter onde estamos ou mesmo de nos colocar num lugar mais alto externamente para que todos nos vejam.

A conduta gregária nos lembra o mecânico movimento político que ocorre sempre que há uma eleição.  Na fase da Campanha, todos são agradáveis e sorridentes, todos estão ali demonstrando a sua capacidade de perdoar, de amar, de compreender, de ajudar. Solícitos, sorridentes, etc. Mas depois de eleitos aparece a dura realidade dos fatos, o verdadeiro tom, a verdadeira cara. Eu mando e você obedece, isso é tudo!!! (A verdadeira face do político era a do período de campanha? Ou quando já estava eleito?).

Nos ensina o V.M.L.  :
"También es necesario observar que existe una ley denominada lilantropía o de nivelación, la cual hace que el hombre o la mujer que no tengan una voluntad propia, definida, actúe como un autómata, haciendo lo que ve hacer a otros, esto se conoce también como conducta gregaria."(Luz nas Trevas capítulo Lilantropia)...

Aí nesse ponto nos defrontamos com algo muito grave, ouvimos já uma declaração dos Mestres que a pessoa que costuma se envolver em grandes manifestações pode perder a sua conexão com o seu Ser... porque será? O autômato é uma MÁQUINA. Sem ÍNTIMO o indivíduo passa a ser um robô. No meio das multidões a força da massa é maior que a força do indivíduo, as energias que conduzem a massa são tenebrosas em 100%. Assim, ao exercer sobre um corpo uma força massiva de uma coletividade descontrolada o Íntimo inteligentemente se retira, ali não há o que fazer......  Recordo-me dos Veneráveis que instruíam a VM Helena Blavatski, eles recomendavam aos Chelas se isolarem das correntes magnéticas tenebrosas das pessoas e se isolarem em determinadas partes para terem mais tranquilidade de se fixarem num certo nível de Consciência até obterem a Individualidade Sagrada.   O quaternário é um indivíduo sem íntimo, o íntimo é a individualidade Sagrada. Para desenvolver a Individualidade Sagrada é necessário exercitar a arte do critério próprio, da segurança em si mesmo, do entendimento individual, da fala pessoal como expressão daquilo que está sendo encarnado, a Palavra. Ao que sabe Ela dá Poder, NINGUÉM a pronunciou, NINGUÉM a pronunciará, senão SOMENTE AQUELE QUE O TEM ENCARNADO....  Esse a partir do critério individual deverá apenas e tão somente exercer aquilo que é próprio, individual, pessoal. Fará parte disso às vezes contrariar a maioria? A lógica e o senso comum nos diz que sim. Mas assim iremos.

LIBERDADE.     ACIMA DE TUDO.
AINDA QUE TARDIA..... LIBERDADE.






2 comentários:

  1. De fato, se um indivíduo não pretende contrair problemas intersubjetivos, terá que manifestar dotes camaleônicos. No entanto, ao fim de apenas um dia, ele porá à prova exatamente o que este texto traz, o escoamento da própria individualidade. Em direção a quê? Com as setas direcionadas para fora, ele realiza um desserviço a si mesmo.

    E é neste ponto em que a reflexão escrita acima é ímpar. Trazendo à lume o poder intrínseco humano como repositório do sagrado, retira a marginal discussão sobre a sociabilidade e o caráter gregário da existência humana e adentra ao tronco fundamental da elaboração do conhecimento humano. Uma gama significativa de autores sustentam que o acesso é intuitivo.

    E não é absurdo, nem casual que, hoje pela manhã, me pus a ler a introdução e o primeiro capítulo do livro O Poder do Silêncio, de Carlos Castañeda. E embora não possa traçar conexões entre estas linhas e as suas, percebo que ambas possuem um vínculo íntimo. Apenas uma questão de percepção, pois não possuo meios de racionalizar a respeito. Obrigada pelas reflexões! :)

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  2. que bom estar contribuindo com essas e outras reflexões. a vida é um aprendizado constante em direção a uma maturidade que vai gradualmente nos conduzindo a uma conduta ímpar.

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