04/05/2010


Estou assistindo uma série (Sexy and the City).. melhor dizendo; estou estudando uma série que forma a psiquê das mulheres americanas, e das mulheres de classe média/alta do Brasil que passam o dia inteiro frente à tv a cabo.
É interessante notar que o seriado se dá em Nova York, mais especificamente na Ilha de Manhattan. Isso por si só nos apresenta aspectos bem característicos da cultura americana... mas vamos aos detalhes.
São quatro mulheres:

Carrie: a principal, colunista de um conhecido jornal, escreve sobre relacionamentos e sexualidade. Considerada a mais normal das 4 amigas, preenche a sua vida com análises psicológicas ligadas aos relacionamentos de todo tipo. Deseja ardentemente casar.. e é apaixonada por um tal de Mr. Big. O sujeito é alto, bonitão, rico e sempre se faz de joão-sem-braço quando se trata de relacionamento sério. Ela, apesar de todas as dicas dele de que só quer curtir, insiste em criar expectativas a respeito.
Charlotte: a mais bonita e elegante delas. Tem menos preferências estranhas, sempre parece a mais "pura" de todas e suas intervenções às vezes são ingênuas. Embora siga o padrão enlouquecida de todas quatro.
Miranda: a insuportável. Sempre do contra, com seu aspecto gay (veste-se normalmente
como homem) todas as suas falas são para criticar, contestar, rebater, questionar, etc. Não consegue ficar mais de um dia com homem nenhum, critica a todos indiscriminadamente.
Samantha: a ninfomaníaca. Ela traça a TODOS os homens possíveis e imagináveis, desde que tenham uma conta bancária e um orgão sexual avantajado... os únicos homens que ela dispensou do início até os 6 primeiros episódios da segunda temporada foi um "ajudante de garçon" e um rapaz muito gente boa, mas "micro-dotado".

Com essas características elas se ajudam e são super apegadas umas às outras como uma irmandade. Contam tudo que ocorre entre si e com os mínimos detalhes. Dependem sempre da aprovação das outras para algo que resolvem fazer. E não raro uma frase de uma custa uns dois dias de atividade mental desenfreada, para qualquer uma delas. Uma carcacterística das amigas é que "invariavelmente" falam de homens e relacionamento. Trocam de namorado como trocam de roupa e "transam com todos". Acho que em toda minha vida não tive mais parceiras quanto a Samantha teve parceiros, em 6episódios. Outro detalhe interessante é que sempre que se referem a um homem falam o nome, em seguida a referência bancária, quanto tem de dinheiro e a área em que é bem sucedido. Logo, os que não estão no "topo" são completamente desconsiderados. Ainda assim as suas "inúmeras" tentativas de relacionamento fracassam.
É muito divertido e apresenta um mundo que não está acessivel a qualquer mortal, o mundo delas gira em torno de Armani, Dolce gabanna, prada, etc. Frequentam a sociedade em manhattan e apresentam para o público uma realidade fictícia, o que reforça o aspecto do entretenimento. Desperta em quem assite o interesse pelo brilho, a agitação e a vida recheada de eventos dignos da Corte absolutista francesa.
E isso forma a cabeça de adolescentes e mulheres em nosso país também.

Um comentário:

  1. Uma snopse...mas...considero insuportável a série...pior ainda o filme (que diga-se de passagem foi muito comentado) mas, como vejo que está estudando...pelo menos está sendo assistida de forma sensata!
    Obs.: Não bastasse, a Globo 'copiou' de certa forma os esteriótipos na novela Viver a Vida.
    Arg!
    Abraço.

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