Ao começar a ensinar Gnosis, começamos a perceber que principalmente os evangélicos tem retirado cartazes, não permite que divulgemos, julga, diz que é satânico e um monte de bobagem que não corresponde em nada à realidade. Então eu procurei estuda-los, já havia frequentado Igrejas, mas precisava conhecer quem está lá dentro agora e o que pensa de tudo que está ocorrendo. Conhecer a fundo em suas diversas denominações. Os tradicionais (batistas e presbiterianos) e os pentecostais e neopentecostais, essas comunidades carismáticas que falam em línguas, algumas estão na chamada visão (dos 12), etc. Esses estudos me levou a uma obra extraordinária escrita por uma evangélica chamada Marília de Camargo. Com uma análise bem concisa e quase imparcial ela desvela muitos aspectos...... recomendo a leitura. A quem frequenta qualquer religião, e principalmente para quem guia um povo.
Não vou reproduzir todo o livro da Marília aqui, não é o caso, nem vou ficar fazendo recortes com o objetivo de detonar os evangélicos e criticá-los, bem que poderia fazer, porque tem muiiiiiiiiiiiiiiiiito assunto, muita matéria (tem coisas absurdas acontecendo por aí..... como por exemplo a divulgação de milagres que nunca ocorreram, exceto como uma encenação frente a câmeras, serviço escravo, manipulação psicológica e emocional, obreiros passando fome e pastor comprando Louis Vuittons e carros japoneses de última geração, etc), esses fatos precisam vir à tona e precisamos estar atentos. Segue portanto uma degustação do livro.
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“O crescimento rápido da população dita evangélica no Brasil, que segundo o IBGE já responde por 24% dos brasileiros, de longe a fatia religiosa que mais se expandiu nos últimos anos, produz distorções de todo tipo. Pastores despreparados, donos de um currículo obscuro, perdem-se diante da necessidade de pregar mensagens para todos os ouvidos e colaborarem com os desvios de rota.
Muitos dos que estão chegando para engrossar as estatísticas animam-se com ensinamentos de um evangelho fácil aprendendo que seguir Jesus Cristo é sempre andar de cabeça erguida e ser um vitorioso. Afinal, ele derrotou até a morte!
Com isso em mente segue-se a Cristo para ficar rico, pois somos todos filhos de um Rei, herdeiros de toda sorte de privilégios. Segui-lo é sair da miséria, é conseguir um emprego, a promoção ou então evitar o câncer, a paralisia, o desastre. Ninguém quer diminuir. Todos querem crescer e, se possível, viver uma vida hollywoodiana.
Segue-se a Cristo então, como escreve Ricardo Barbosa de Souza, porque “Deus é um bom negócio”. Não para aprender a servir, mas para tornar-se um vencedor, um chefe, um atleta olímpico espiritual. Um xamã evangélico.
(...) Idealizar e mistificar o pastor, acreditando ser ele a voz de Deus na terra, uma pessoa sempre madura, ética e bem resolvida do ponto de vista emocional contribui significativamente para difundir a prática do “abuso espiritual” tema principal das histórias relacionadas a seguir. É certo que, como menciona um dos entrevistados não se pode culpar a criança por idealizar a figura do Pai, por ser apenas uma criança. No entanto, pode-se culpar o Pai, por vestir a fantasia e por tentar viver segundo uma imagem idealizada.” (Marília de Camargo César- Feridos em nome de Deus)
Obs: Grifos meus.
imagem: veja.abril.com.br/060900/imagens/evangelicos1.jpg
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